- Apresentação oral dos trabalhos.
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Edvard Munch - O Grito
Óleo, têmpera e pastel em cartão, 91 x 73,5 cm
Interpretação do quadro
Vemos ao fundo um céu de cores quentes,
em oposição ao rio em azul, cor fria, que sobe acima do horizonte,
característica do expressionismo (onde o que interessa para o artista é a
expressão de suas ideias e não um retrato da realidade). Vemos que a figura
humana também está em cores frias, como a cor da angústia e da dor, sem cabelo
para demonstrar um estado de saúde precário. Os elementos descritos estão
tortos, como se reproduzindo o grito dado pela figura, como se entortando com o
berro, algo que reproduza as ondas sonoras. Quase tudo está torto, menos a
ponte e as duas figuras que estão no canto esquerdo. Tudo que se abalou com o
grito e com a cena presenciada está torto; quem não se abalou (supostamente
seus amigos) e a ponte, que é de concreto e não é "natural" como os
outros elementos, continua reto.
A dor do grito está presente não só
na personagem, mas também no fundo, o
que destaca que a vida para quem sofre não é como as outras pessoas a
enxergam, a paisagem fica dolorosa também, e talvez por essa
característica do quadro é que nos identificamos tanto com ele e podemos sentir
a dor e o grito dado pela personagem. Inserindo-se o observador no quadro, ele
passa a ver o mundo torto, disforme, e isso afeta diretamente a participação do
mesmo na obra, de forma quase interativa.
“O
Grito”
Estava
andando pela estrada com dois amigos
O sol
se pondo com um céu vermelho sangue
Senti uma
brisa de melancolia e parei
Paralisado,
morto de cansaço…
… meus
amigos continuaram andando - eu continuei parado
tremendo
de ansiedade, senti o tremendo Grito da natureza
Edvard
Munch
**** Imagem e texto: em www.sabercultural.org
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